segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Reino Radical

"Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus".Mateus 5:3, ARC.


Essa não parece uma boa maneira de começar um sermão. Quero dizer, não é politicamente correto. falta de delicadeza e bom senso de alguém especializados em relações públicas.
Afinal, quem deseja ouvir essa pobreza de espírito? Esse pregador não está sintonizado com o mundo. Para ser "Bem-sucedido", você tem que dar as pessoas o que elas querem; tem que apresentar-lhes as palavras e ideias que elas querem ouvir.
E qualquer ouvinte sabe que as pessoas se enchem de alegria com mensagens tais como: "Bem-aventurados os ricos" ou "Bem-aventurados os ricos de espírito".
Bem, se Jesus realmente desejava atrair uma multidão, Ele tinha que inteirar-Se doa métodos do mundo. Com uma mensagem do tipo: "Bem-aventurados os pobres de espírito", Ele nunca atingiria a maioria das pessoas. Ele nunca alcançaria o tipo de sucesso que é respeitado pela cultura em geral.
Mas é exatamente ai que está a diferença entre os valores convencionais e Jesus. Ele não estava preocupado com a admiração do mundo à sua volta. Preocupava-Se em está em sintonia com Deus.
Como resultado, Sua mensagem é o oposto daquela da cultura em geral. É uma mensagem contrária à sabedoria do mundo. Aos olhos do mundo, Jesus está pregando uma mensagem contra cultural. Na realidade, essa primeira Bem-aventurança inverte o sistema de valores do mundo. Ela revoluciona as coisas.
O reino de Jesus é um reino radical, e seus cidadãos também serão radicais. Essa é a mensagem surpreendente das bem-aventuranças, do Sermão do monte, e de todo o Novo Testamento.
"Bem-aventurados os pobres de espírito." Essa é uma das declarações mais radicais do mundo. Contudo, constitui a base da mensagem cristã de Jesus.
E essa mensagem é pessoal, para mim e para você. Temos que escolher entre Jesus e o mundo- entre seus valores e os dEle. Nas Bem-aventuranças, Jesus estabeleceu os princípios centrais de seu reino radical.
paz

No Monte das Bem-Aventuranças

domingo, 4 de abril de 2010

Cristo, o Fim da Lei

Porque o fim da lei é Cristo.Romanos 10:4


O fim da lei é Cristo, mas Ele não é o fim da lei. Afinal, Ele claramente afirma em Mateus 5:17 que não veio revogar a lei. veio, porém, para colocar um fim no mau uso da lei entre Seus seguidores.
O mau uso da lei assume diversos aspectos. Teríamos descoberto um deles no testo de hoje, se tivéssemos citado o verso inteiro de Romanos 10:4. A passagem diz o seguinte: "Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê." No curso da história do Cristianismo, o povo tem tentado obter a salvação através da observância da lei. Paulo nos diz que a crença em Jesus põe um fim nessa maneira de pensar e agir.
Mas Jesus também colocou um fim em outras maneiras de pensar sobre a lei. Com toda sinceridade, os Judeus haviam multiplicado regras e restrições. Eles queriam proteger a lei de Deus e certificar-se de que era observada perfeitamente. Com esse propósito, acharam que precisavam definir todas as coisas. Assim, quando a bíblia dizia que não deviam trabalhar no sábado, eles tinham que definir o trabalho. Uma desses definições tinha que ver com levar cargas.
O que era uma carga? A lei dos escribas concluía que levar uma carga era transportar "alimento de peso igual a um figo seco,...leite em quantidade suficiente para um gole,...tinta suficiente para escrever duas letras do alfabeto", e assim por diante.
Eles gastavam horas argumentando sobre coisas como, por exemplo, se era pecado um alfaiate carregar uma agulha espetada na roupa no dia de sábado, ou se as mulheres podiam usar broches ou uma presilha no cabelo no santo dia. Eles discutiam até se era permissível usar dentes postiços no sábado.
As definições eram inúmeras e abrangiam todos os aspectos da vida nos sete dias da semana. essas pessoas eram os perfeccionistas originais. Para eles, defender sua interpretação da lei era o centro da experiência religiosa.
Jesus não veio para revogar a lei, mas para dar um fim a todas as abordagens e atitudes para com a lei. Até a lei se transformar em boas novas nas mãos de jesus.
Paz.

No monte das bem-aventuranças

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O Verdadeiro Tesouro

Não temas, ó pequenino rebanho; porque Vosso Pai se agradou em dar-vos o Seu reino. Vendei os vossos bens e dai esmolas; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos Céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome. Lucas 12:32 e 33.


Qual é o verdadeiro tesouro sobre o qual Jesus está falando? Qual o tesouro que devemos armazenar?

Alguns tem interpretado essa passagem de forma a sugerir que Jesus estava ensinando a possibilidade de comprarmos nossa própria salvação. Interpretam a expressão "tesouros nos Céus" como a salvação e destino eterno de uma pessoa. Essa interpretação, porém, contradiz o restante da bíblia e é obviamente incorreta.

A passagem paralela de Lucas é útil nesse caso. Em Lucas, fica claro que Jesus fala do reino como um Dom. Na continuação, Ele dá a entender que os tesouros são as características e as ações de valor eterno. Os Judeus conheciam muito bem a expressão "Tesouro nos Céus".

Eles associavam esse tesouro especificamente a duas coisas. A primeira era a bondade. Diziam que os atos de bondade feitos por uma pessoa na Terra convertiam-se em tesouros no Céu. Esses atos tinham valor eterno e consequências eternas.

O princípio da bondade também encontra raizes na igreja cristã primitiva. Cuidar dos pobres e doentes era uma característica da igreja primitiva. Os cristãos cuidavam daqueles por quem ninguém mais se importava.

Conta-se a história de que durante a brutal perseguição movida por Décio em Roma, as autoridades arrobaram uma igreja cristã. Procuraram tesouros que acreditavam existirem na igreja "Mostrem-me seus tesouros", ordenou o líder Romano. O diácono apontou para as viúvas e órfãos que estavam sendo alimentados e para os doentes que estavam sendo tratados, e respondeu : "Estes são os tesouros da igreja".

A bondade tem resultados eternos. A igreja, na sua melhor forma, sempre acreditou que "o que conservamos perdemos, e o doamos conservamos".

Os resultados da bondade jamais acabam. Esses são os tesouros eternos do reino de Deus, o tipo de tesouro no qual Jesus está pedindo que invistamos.

Paz


No monte das bem-Aventuranças